ATA DA QUADRAGÉSIMA OITAVA SESSÃO ORDINÁRIA DA PRIMEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA SEXTA LEGISLATURA, EM 03-6-2013.

 


Aos três dias do mês de junho do ano de dois mil e treze, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e quinze minutos, foi realizada a segunda chamada, respondida pelos vereadores Bernardino Vendruscolo, Clàudio Janta, Delegado Cleiton, Guilherme Socias Villela, João Carlos Nedel, Jussara Cony, Lourdes Sprenger, Luiza Neves, Mauro Pinheiro, Paulinho Motorista, Paulo Brum, Professor Garcia, Sofia Cavedon e Tarciso Flecha Negra. Constatada a existência de quórum, o senhor Presidente declarou abertos os trabalhos. Ainda, durante a Sessão, compareceram os vereadores Alberto Kopittke, Alceu Brasinha, Any Ortiz, Cassio Trogildo, Dr. Thiago, Elizandro Sabino, Fernanda Melchionna, Idenir Cecchim, Marcelo Sgarbossa, Márcio Bins Ely, Mario Fraga, Mario Manfro, Mônica Leal, Nereu D'Avila, Pedro Ruas, Reginaldo Pujol, Séfora Mota, Valter Nagelstein e Waldir Canal. À MESA, foram encaminhados: os Projetos de Lei do Legislativo nos 074, 088, 114, 142 e 143/13 (Processos nos 0901, 1061, 1275, 1486 e 1487/13, respectivamente), de autoria do vereador Alberto Kopittke; o Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 012/13 (Processo nº 1422/13) e os Projetos de Lei do Legislativo nos 094 e 158/13 (Processos nos 1124 e 1588/13, respectivamente), de autoria do vereador João Carlos Nedel. Também, foi apregoado Requerimento de autoria do vereador Engº Comassetto, solicitando o desarquivamento do Projeto de Lei do Legislativo nº 102/12 (Processo nº 1367/12). Após, por solicitação dos vereadores Professor Garcia e Bernardino Vendruscolo, foi realizado um minuto de silêncio, em homenagem póstuma aos senhores Washington Gutierrez, falecido no dia de hoje, e Eduardo Aubin Noer, falecido no dia trinta de maio do corrente. Na ocasião, os vereadores Reginaldo Pujol e Clàudio Janta registraram o transcurso do aniversário do vereador Guilherme Socias Villela, no dia de hoje, e do vereador João Derly, no dia de ontem. A seguir, o senhor Presidente informou a impossibilidade de presença, hoje, do senhor Baba Dida de Yemonjá, Presidente da Comunidade Terreira Ilê Axé Yemanjá Omi-Olodô, e da senhora Abgail Pereira, Secretária Estadual de Turismo, agendados para manifestação em Tribuna Popular e em Comparecimento, respectivamente. Em continuidade, transcorreu o período de GRANDE EXPEDIENTE, sem pronunciamentos. Às quatorze horas e vinte e nove minutos, foi efetuada verificação de quórum para ingresso na ORDEM DO DIA, constatando-se a inexistência de quórum deliberativo. Em COMUNICAÇÕES, pronunciaram-se os vereadores Delegado Cleiton, Sofia Cavedon, esta em tempo cedido pelo vereador Engº Comassetto, João Carlos Nedel, Mauro Pinheiro, este em tempo cedido pela vereadora Jussara Cony, e Idenir Cecchim, este em tempo cedido pela vereadora Lourdes Sprenger. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciaram-se os vereadores Tarciso Flecha Negra, Clàudio Janta, Fernanda Melchionna, Mario Fraga, Alceu Brasinha, Alberto Kopittke e Idenir Cecchim. Após, o senhor Presidente registrou o transcurso, no dia primeiro de junho do corrente, do aniversário do vereador Bernardino Vendruscolo. Em prosseguimento, nos termos do artigo 94, § 1º, alínea “f”, do Regimento, o senhor Presidente concedeu TEMPO ESPECIAL aos vereadores Valter Nagelstein e Alberto Kopittke. Durante a Sessão, foram registradas as presenças, neste Plenário, de alunos e da professora Jomara Duarte, do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos para Adolescentes e Jovens de 15 a 17 anos – Projovem Adolescente – do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, em visita orientada integrante do Projeto de Educação Política desenvolvido pela Seção de Memorial deste Legislativo, e do senhor Ivo Aldo Morgenstern. Às quinze horas e cinquenta e nove minutos, o senhor Presidente declarou encerrados os trabalhos, convocando os senhores vereadores para a Sessão Ordinária da próxima quarta-feira, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pelos vereadores Dr. Thiago e Bernardino Vendruscolo e secretariados pelo vereador João Carlos Nedel. Do que foi lavrada a presente Ata, que, após distribuída e aprovada, será assinada pelos senhores 1º Secretário e Presidente.

 

 


O SR. PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): O Ver. Professor Garcia está com a palavra.

 

O SR. PROFESSOR GARCIA (Requerimento): Prezado Ver. Bernardino Vendruscolo, Presidente dos trabalhos, gostaria de solicitar um minuto de silêncio pelo falecimento ocorrido hoje, do Professor Washington Gutierrez, que foi professor do Colégio Estadual Júlio de Castilhos, o Julinho; professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul; Reitor do IPA e fundou a Faculdade de Educação Física do IPA, há 41 anos. O enterro será amanhã, na Capela B, do Cemitério São Miguel e Almas.

 

O SR. PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): Acompanhando o seu pedido, em nome da Mesa e dos demais Vereadores, solicito também um minuto de silêncio pelo falecimento do nosso colega da Casa, Eduardo Aubin Noer, o Dudu, ocorrido na quinta-feira passada. (Pausa.)

Deferimos o pedido.

 

(Faz-se um minuto de silêncio.)

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Presidente, nem sequer imaginem como uma medida compensatória à que eu vou me referir agora, mas diante desses fatos desagradáveis, nós temos um fato positivo para registrar hoje, que é o aniversário do nosso colega, o Ver. Guilherme Socias Villela.

 

O SR. PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): Em nome da Mesa, parabéns, Guilherme Socias Villela, nosso colega e sempre Prefeito. (Palmas.)

 

O SR. CLÀUDIO JANTA: Eu queria aproveitar esse registro do Ver. Reginaldo Pujol, do aniversário do nosso sempre Prefeito Guilherme Socias Villela, para registrar que V. Exa. estava de aniversário no sábado, e o Ver. João Derly, ontem. Então, esta Câmara, desde sábado, está com seus membros de aniversário. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): Obrigado. Inscrita em Tribuna Popular, a entidade Comunidade Terreira Ilê Axé Yemanjá Omi-Olodô. (Pausa.) Não está presente. Lembro que deverá agendar um outro momento, respeitando o livro de espera. Encerrada a Tribuna Popular.

Nós temos também, em Comparecimento, a Sra. Abgail Pereira, Secretária Estadual de Turismo, que não poderá se fazer presente hoje em razão de outro compromisso. (Pausa.) Possivelmente virá na próxima segunda-feira, é o que nos informa a Diretoria Legislativa.

Passamos ao

 

GRANDE EXPEDIENTE

 

O Ver. Valter Nagelstein está com a palavra em Grande Expediente. Ausente.

O Ver. Waldir Canal está com a palavra em Grande Expediente. Ausente.

Encerrado o Grande Expediente.

Solicito a abertura do painel eletrônico, para verificação de quórum, para entrarmos na Ordem do Dia. (Pausa.) (Após o fechamento do painel eletrônico.) Com a presença de 17 Vereadores, não há quórum para ingressarmos na Ordem do Dia.

Passamos às

 

COMUNICAÇÕES

 

O Ver. Cassio Trogildo está com a palavra em Comunicações. (Pausa.)

O Ver. Delegado Cleiton está com a palavra em Comunicações.

 

O SR. DELEGADO CLEITON: Sr. Presidente, Ver. Bernardino Vendruscolo; Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores, funcionários desta Casa, plateia, público que nos assiste pela televisão, hoje vou usar o período de Comunicações para fazer uma proposta e comentar o que já encaminhei à Mesa. Trata-se de uma proposta que possivelmente venha ao encontro dos interesses de Porto Alegre, do Governo do Estado, para a qual gostaria do apoio dos meus Pares. Esta semana, tivemos uma discussão com as várias entidades que visitaram o Presídio Central de Porto Alegre – OAB, CREA, representantes da Saúde. Mesmo sabendo do trabalho incessante do nosso Secretário da Segurança do Estado, da sua sensibilidade quanto ao tema, já que coordenou a Susepe e se empenhou em transformar o Presídio Central em uma casa apropriada para a ressocialização e, em muitos casos, para a socialização.

Hoje teríamos a presença da Secretária do Turismo, Sra. Abgail Pereira – que não pôde comparecer –, que é parceira nessa proposta de transformar aquele Presídio, que hoje não ressocializa ninguém, e apenas diminui a autoestima daquela comunidade, em um Centro Histórico.

Há pouco tempo fomos almoçar no Sindpoa, e nos foi solicitado que trouxéssemos o Centro Cultural do Rio Grande do Sul para a Capital dos gaúchos, para Porto Alegre. Então, venho aqui sugerir a destruição do Presídio, para que naquele local seja o nosso Centro Histórico do Rio Grande do Sul. Sei que muitos aqui, que são lutadores pelos direitos humanos, irão nos apoiar nessa proposta, já que aquele Presídio só nos traz vergonha. O nosso Ministro Joaquim Barbosa virá, na sexta-feira, examinar essa questão, que é uma vergonha para todo o Brasil. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): A Ver.ª Sofia Cavedon está com a palavra em Comunicações, por cedência de tempo do Ver. Engº Comassetto.

 

A SRA. SOFIA CAVEDON: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras, no feriado e no fim de semana, pude fazer parte do balanço dos episódios da semana passada, e quero, de novo, dizer que a cada dia me espanta mais que um Governo, que deveria cumprir a Constituição, que diz que todo o poder emana do povo e será exercido em nome dele ou diretamente por ele, um Governo eleito democraticamente por este povo, use da violência, do autoritarismo para calar este povo, povo este que se manifestou desde fevereiro, surpreendido com a alteração da paisagem em torno da Usina do Gasômetro.

Não se trata aqui – falarei quantas vezes forem necessárias – apenas da retirada de árvores. Cada árvore é muito importante na cidade de Porto Alegre, mas ali nós discutíamos o projeto de orla, o projeto do parque do Gasômetro, do corredor cultural; discutíamos o destino que a Cidade dava para aquele lugar – e continuaremos discutindo –, como um lugar de caminhada, de fruição, de esporte, de apreciação da paisagem, de contato com a natureza. E dizíamos ao Sr. Prefeito e aos seus Secretários que o projeto implementado pelo Governo Municipal desrespeitava tudo isso, inclusive aquele lugar, que é um lugar de Área de Interesse Cultural; desrespeitava a voz e a fala da população; e não ouvia o que o Instituto dos Arquitetos dizia: que não era um bom projeto, que teria alternativas que viabilizariam o desejo da Cidade para aquele lugar; não ouvia a Agapam, preocupada em manter a qualidade ambiental desta Cidade; não escutava os estudantes, que já fizeram duas manifestações depois da brutal retirada dos jovens pacifistas que estavam acampados ao lado da Câmara de Vereadores.

Então, tudo isso me espanta, e registro mais uma vez à cidade de Porto Alegre, a esta Câmara, ao Rio Grande do Sul, que é inaceitável uma atitude autoritária desse porte na cidade berço da democracia participativa. Não é à toa que a cidade de Porto Alegre perdeu os grandes fóruns sociais mundiais. Não é à toa, porque ela mudou de destino, mudou de Governo, desrespeita a participação popular, desrespeita a cidadania. Aqui se brinca de participação.

Eu vi, pelos jornais, que, na quarta-feira, iremos receber o Plano Plurianual. Pergunto: quem, da cidade de Porto Alegre, participou da elaboração do Plano Plurianual, do plano para quatro anos que nós fazíamos, de forma participativa, nas regiões do Orçamento Participativo? E, quando vinha para esta Casa, Ver. Mauro Pinheiro, vinha já com um debate feito na Cidade para os próximos quatro anos. Então, o único debate público que haverá sobre o Plano Plurianual será neste Legislativo, e eu espero que nós chamemos audiência pública à noite, chamada com tempo, feita nas regiões, para fazermos o debate com a população; que não seja uma dita audiência pública realizada só na CEFOR, de dia, que não cumpre essa função.

Acho que a missão do nosso Parlamento é tentar suprir a ausência de democracia e o desrespeito à cidadania que este Governo Municipal vem demonstrando, ato após ato. Então, na sexta-feira, eu encaminhei alguns Pedidos de Informação ao Prefeito Municipal. Estou solicitando informações como quem determinou o ajuizamento da ação de reintegração de posse contra o movimento Ocupa Árvores. Questiono quem determinou a execução da retirada dos jovens. Estou perguntando e pedindo cópia, capa a capa, do licenciamento ambiental da obra da Av. Tronco, onde foi anunciado, Ver. Idenir Cecchim, que serão retiradas 1.200 árvores – até então, discutíamos moradias em relação a essa área. Estou perguntando quais, afinal, foram os processos e os endereços desses processos que essa Comissão Especial para apurar corrupção nos procedimentos licitatórios ou de licenciamento em Porto Alegre, que empreendimentos ela fiscalizou. Porque a que está sob sua responsabilidade, a da Av. Edvaldo Pereira Paiva, está com sobrepreço – quase R$ 3 milhões –; está com uma série de irregularidades, e a obra segue impávida, atropelando a cidadania de Porto Alegre.

 

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): O Ver. João Carlos Nedel está com a palavra em Comunicações.

 

O SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores, ouvindo a Ver.ª Sofia Cavedon falar, chego à conclusão de que retornei ao quarto mundo, tristemente. Eu estava, na semana passada, no Primeiro Mundo, nos Estados Unidos, e, tristemente, ouço a Ver.ª Sofia falar em detalhes que, para mim, estão superados, são antigos. Houve uma determinação da Justiça, tudo foi feito de acordo, com diálogo, com tudo, mas não quiseram ouvir o diálogo.

Sobre o Plano Plurianual, a CEFOR realizou uma reunião aqui, na sexta-feira, e a Ver.ª Sofia não estava presente. Nós chegamos no feriado, quinta-feira, todos os componentes da CEFOR estávamos presentes para discutirmos o Plano Plurianual, e ela não se encontrava; é uma pena!

Sobre a nossa viagem a São Francisco, nos Estados Unidos, em representação desta Casa, o tema foi inovação, foi realmente trazer ao menos o Segundo Mundo ou Terceiro Mundo para Porto Alegre. Inovar! Nós precisamos inovar, e inovar também nossas ideias. Estivemos no Vale do Silício, Ver. Idenir Cecchim, Ver. Valter Nagelstein, Ver. Alberto Kopittke – com grande participação do Ver. Kopittke –, visitamos várias empresas do Vale do Silício, como a Linkedin, Starhup, Waze; fizemos convênio com a Universidade de Stanford, visitamos o Prefeito de São Francisco, de origem chinesa, o primeiro Prefeito de origem chinesa eleito numa grande cidade americana. Fomos muito bem recebidos. Propusemos três convênios, que estão sendo costurados pelos nossos Embaixadores junto à Prefeitura de São Francisco. Firmamos um convênio com a Universidade de Stanford justamente na área da Educação; foi extremamente importante. De concreto, já temos um convênio que a Secretaria de Inovação, liderada pela Secretária Deborah Pilla Villela, firmou com a Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul para a implantação de uma incubadora, ali próximo à PUC, dirigida e financiada, paga totalmente pela PUC, pelos seus professores de tecnologia do Tecnopuc, para incentivar pequenas empresas inovadoras em Porto Alegre. Existe um outro, Presidente, que é uma incubadora no 4º Distrito, visando à recuperação daquele bairro, mas que ainda está em fase final de elaboração.

Tenho certeza de que essa viagem será extremamente produtiva para a Cidade de Porto Alegre, uma abertura de mentes para as coisas novas e importantes e para o futuro da nossa Capital. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): O Ver. Mauro Pinheiro está com a palavra em Comunicações, por cedência de tempo da Ver.ª Jussara Cony.

 

O SR. MAURO PINHEIRO: Obrigado, Ver. Bernardino, que preside esta Sessão; agradeço à Ver.ª Jussara Cony, que cede o seu tempo em Comunicações. Cumprimento os demais Vereadores e Vereadoras, público que nos assiste nas galerias e pela TVCâmara. Hoje, venho aqui, Ver. Clàudio Janta, para falar em cima daquele debate que nós fizemos na televisão, quando o senhor levantou várias questões a respeito das boas atitudes da PROCEMPA. Eu, realmente, hoje, espero de certa forma elogiá-la. Parece estranho, Ver. Clàudio Janta, mas a PROCEMPA tem que ser elogiada por diversos aspectos, como, por exemplo, a outorga da Anatel para atuar como empresa de telecomunicações. A PROCEMPA iniciou a informatização das escolas do Município; foi ela que iniciou a informatização da rede de Saúde no nosso Município, Ver. Idenir Cecchim. Ela também desenvolveu o sistema de tarifação do DMAE, o sistema de informações escolares da SMED, todo o sistema usado pela Secretaria Municipal da Fazenda, entre outros vários sistemas; a PROCEMPA fez todo o planejamento de informática da Prefeitura de Porto Alegre; também interligou, Ver. Tarciso, as principais Secretarias na rede de telefonia interna da Prefeitura, reduzindo o custo de ligações telefônicas em todo o Município; também criou a Rede de Fibra Ótica mantida pelo Município, Infovia; a PROCEMPA foi a primeira empresa pública do Sul do Brasil a abandonar a tecnologia de grandes computadores da IBM, em substituição às redes de lítio; e ela implantou a metodologia para o desenvolvimento de sistemas e uma fábrica de software para o desenvolvimento de soluções para a Prefeitura de Porto Alegre. Tudo isso, Ver. Clàudio Janta, foi a empresa PROCEMPA que fez no Município de Porto Alegre. Mas tudo isso aconteceu de 1989 a 2004.

Pois esta mesma PROCEMPA, da qual temos orgulho de falar, por tudo que foi feito e por todo esse trabalho, hoje é manchete nos jornais pela má gestão do Presidente que lá está. Depois de toda essa história bonita da PROCEMPA, nós temos que conviver, Ver. Séfora Mota, com essas notícias que temos nos jornais: desvios de recursos; Presidente que viaja com o dinheiro público e que tem que prestar contas ao Tribunal de Contas; um gasto com serviços de plano de saúde odontológicos, em um único ano, de R$ 6 milhões. E a PROCEMPA não consegue justificar mais de R$ 1 milhão ao Tribunal de Contas! Dinheiro público de uma empresa que tem essa história, Ver. Reginaldo Pujol, que muito fez no nosso Município e no nosso Estado; uma empresa, uma máquina de contar dinheiro. Isso me surpreende! Eu gostaria que lá tivesse sido encontrada uma máquina para fazer software, para fazer informática e não para contagem de dinheiro, Ver. Brasinha. Essa é a PROCEMPA que temos hoje. Esperamos que o Prefeito José Fortunati tome uma atitude o quanto antes. Porque não é possível uma empresa do porte da PROCEMPA, com a história da PROCEMPA, estar sendo destruída. O que querem da empresa PROCEMPA? Querem o fim da PROCEMPA? Querem privatizar a PROCEMPA? Não é isso que este Vereador quer e tenho certeza que a grande maioria dos Vereadores também não quer isso. Nós queremos uma PROCEMPA forte, desenvolvendo softwares para a nossa Cidade. Ou seja, uma empresa modelo, Ver. Janta, como ela já foi. Por isso, estamos aqui, mais uma vez, pedindo ao Prefeito José Fortunati que tome uma atitude, para que a PROCEMPA volte a ser o que era, e não uma casa de acolhimento político, que acolhe várias pessoas com problemas, que tem o maior número de CCs, e que teve o gasto que teve. Por isso venho denunciando essas irregularidades há muito tempo. Eu espero que sejam tomadas medidas o quanto antes pelo Prefeito José Fortunati. Eu acredito que ele seja uma pessoa séria e que vai tomar essas medidas. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): Faço o registro da presença nesta Casa do Sr. Ivo Aldo Morgenstern, que veio de Palmeira das Missões e é uma liderança do PSD no nosso Estado, na região das Missões.

 

(O Ver. Dr. Thiago assume a presidência dos trabalhos.)

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): O Ver. Tarciso Flecha Negra está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. TARCISO FLECHA NEGRA: Obrigado, Presidente. Uma boa-tarde a todos, Vereadores, Vereadoras, a todos que nos assistem, ao Ivo, de Palmeira das Missões, nosso líder lá do Partido, do PSD. Seja bem-vindo, e um abraço àquela terra maravilhosa.

Daqui a um ano e poucos dias, vamos ter a Copa do Mundo no Brasil – agora é um ensaio; a Copa das Confederações é um ensaio –, e, gente, eu vi tantas barbaridades! Que Copa do Mundo é essa que vamos fazer? No jogo preliminar, nós já estamos correndo com os turistas! Gente, quando eu digo isso, eu não falo só do turista internacional, mas do turista brasileiro mesmo, pessoas que vêm lá de Iraí, da terra lá do Bernardino... E pessoas que vêm de outros lugares, que vêm a Porto Alegre têm que saber onde estão as coisas, onde fica o Beira-Rio, onde estão os museus.

Ontem eu vi na televisão, na mídia, que, em Olinda, em Pernambuco, os turistas queriam saber onde ficava um lugar, e não tinha placa de identificação nenhuma! E assim no Rio de Janeiro, no Cristo Redentor, onde estavam vendendo passagem para o bondinho que leva lá para cima, algo que nunca foi vendido. Nunca houve passagem para aquele bondinho. Tu compras na hora, quando tu chegas. Um absurdo isso! Cobravam R$ 40,00, e a pessoa chegava lá em cima e encontrava só neblina. Eu me lembro que uma italiana começou a chorar porque não conseguiu tirar a foto do Cristo e não sabia se voltaria lá em cima, porque estava tudo vendido e não tinha como ir.

A única capital, o único lugar que se saiu bem foi Brasília. Por quê? Porque Brasília é bem sinalizada. Já no Rio de Janeiro, Recife, Ceará, os turistas sentados na praia são roubados, são achacados.

Aí, na entrevista ao Secretário de Turismo, perguntaram como é que ficaria. Ele disse que para o ano que vem tem o “jeitinho brasileiro”. “Ah, conseguimos um papelão ali, escrevemos ali um pouquinho de inglês, um pouquinho de português e tocamos”. Quer dizer, o jeitinho brasileiro, que beleza!

O que nós estamos pensando em vender lá fora? As arenas estão bonitas por dentro, não há uma arena feia, mas e o entorno dessas arenas? O que nós estamos pensando em vender? Uma Copa do Mundo como a da África: a África rica e a África miserável? E a televisão entrou e mostrou essa África. E é esse Brasil que nós estamos querendo vender lá fora? Pelo amor de Deus! Falta um ano – um ano! – para a Copa do Mundo. Vamos olhar com mais atenção, principalmente as cidades que vão sediar a Copa do Mundo, para que o turista – não só o turista internacional – tenha identificação para chegar aos locais. Porque a Copa do Mundo não vive só de futebol; ela vive também de museus, de cinemas, de inúmeras coisas. O turista não vem aqui só para assistir ao jogo, muitos não vêm assistir ao jogo, muitos vêm conhecer o País e conhecer a cidade que está sediando o jogo. Bom, esse é o pedido que eu faço para o Brasil todo, principalmente para a minha linda e querida Porto Alegre.

Quero dizer também, eu não poderia deixar de tocar nesse assunto...

 

(Som cortado automaticamente por limitação de tempo.)

 

(Presidente concede tempo para o término do pronunciamento.)

 

O SR. TARCISO FLECHA NEGRA: ...Eu não poderia deixar passar em branco este assunto aqui, que é muito importante para a nossa Cidade. Quero pedir aqui ao nosso Secretário de Esportes, o Edgar – eu, que trabalhei tanto tempo lá: nos campinhos das periferias, nas ilhas, essas crianças, esses adolescentes também têm que viver o sonho da Copa do Mundo, pois, a partir desse sonho, muita criança vai se transformar. Esse sonho é maravilhoso, gente, vamos dar condições para que essas crianças sonhem sonhos bonitos. E nós podemos ajudá-los a realizar o sonho do futebol e da Copa do Mundo. Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador,)

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): Trago aqui a experiência resgatada por este Legislativo, pelo Ver. Cecchim, do nosso bonde. (Mostra um mimo recebido.) Este é um resgate do nosso antigo bonde. Muito obrigado pela lembrança, Ver. Cecchim.

Quero dar os parabéns ao Ver. Villela que está de aniversário, e ao Ver. Bernardino, que fez aniversário no dia 1º. Muito obrigado pela lembrança, Ver. Cecchim.

O Ver. Idenir Cecchim está com a palavra em Comunicações, por cedência de tempo da Ver.ª Lourdes Sprenger.

 

O SR. IDENIR CECCHIM: Obrigado, Presidente; Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, eu estava com saudade de ouvir, de ver e de abraçar os meus colegas aqui, depois de uma semana de tantos acontecimentos. Ouvi a Ver.ª Sofia reclamar da Justiça, a respeito de da decisão judicial, e ela quer saber quem determinou o corte das árvores, quem fez a petição inicial, quem mandou... Mas que coisa impressionante! Ela não se convence, Ver. Márcio, não se convence! A Justiça falou, o Ministério Público estava junto, a Cidade falou, os programas de rádio e televisão debateram e, na sua ampla e esmagadora maioria, as pessoas querem terminar a Edvaldo Pereira Paiva, querem o progresso para a Cidade. Aí, quando as manifestações não são a favor da Ver.ª Sofia, para ela não valem nada, e ela não se entrega. Em todo o caso, eu tenho de reconhecer que ela é uma guerreira, muitas vezes, das más causas; muitas vezes das más causas. Então, não é com muita alegria que fazemos essas constatações aqui.

O Ver. Mauro Pinheiro fez uma coisa bonita: uma declaração de amor à PROCEMPA, uma declaração de amor. Bonito! É verdade; a PROCEMPA é muito importante para a cidade de Porto Alegre. Agora, Ver. Mauro Pinheiro, há muita diferença em dizer que essa importante empresa da cidade de Porto Alegre só funcionou na época do PT! Tenha paciência! Se há alguma coisa que não esteja funcionando, o Prefeito Municipal já pediu esclarecimentos disso.

 

A Sra. Sofia Cavedon: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Vereador, me perdoe por voltar ao tema das árvores, mas apenas para os fatos ficarem mais claros.

A Justiça, na verdade, havia acolhido uma antecipação de tutela, do Ministério Público, protegendo as árvores a fim de que não ficasse prejudicado o Parque Usina do Gasômetro.

Sobre a reintegração de posse e retirada dos meninos, ao contrário, o Governo entrou com uma ação na Justiça e desistiu da ação na hora em que o oficial de justiça veio intimar sobre as 48 horas. Então, na verdade, não houve apoio. Se tivesse havido decisão judicial, os jovens teriam as 48 horas e todo o direito que qualquer outro ocupante tem, o que não foi o caso deles. Então, na verdade, foi um ato de decisão administrativa da Prefeitura Municipal, e eu quero que ele fale sobre isso.

 

O SR. IDENIR CECCHIM: Eu agradeço o aparte, o que me enseja, pela primeira vez talvez, a elogiar o seu Governo do PT, elogiar o nosso Chefe da Casa Civil, o Dr. Pestana, que é, talvez, um dos poucos Secretários que mostra que tem talento neste Governo, e elogiar a Brigada Militar por cumprir a lei. A senhora me trouxe aqui uma lembrança importante que eu já estava deixando passar: o Governo do Estado, desta vez, cumpriu a lei, foi lá e deu a reintegração de posse, e não foi para cortar as árvores; deu a reintegração de posse para a cidade de Porto Alegre, porque a cidade de Porto Alegre é de todos, e não de meia dúzia de gatos pingados. O que se fez foi a reintegração de posse da cidadania de Porto Alegre, da grande e esmagadora maioria da cidadania.

Porto Alegre é de todos, Ver.ª Mônica.

 

A Sra. Mônica Leal: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Cecchim, quanto à situação das árvores, eu me manifestei na tribuna em vários momentos, nas rádios, televisões, debates, e a ninguém é dado o direito de descumprir a lei. Quem vive, e não respeita ordens, à margem da lei, é desordeiro. Isso é muito simples: se a Justiça determinou o corte, tem que se cumprir. A lei é para todos. Eu não conheço nenhuma lei, mais ou menos, assim como não conheço mulher mais ou menos grávida.

Eu gostaria de fazer um registro aqui: a Capital, em 2001, viveu o maior corte de árvores para a realização de uma obra. Foram retiradas 2.600 árvores em 12 quilômetros da Av. Carlos Gomes para a construção da 3ª Perimetral. Na época, a Prefeitura era do PT, Prefeito Tarso Genro, antecedido por Raul Pont. Obrigada.

 

O SR. IDENIR CECCHIM: Obrigado, Vereadora. Volto a afirmar que, talvez, pela primeira vez, eu tenha que reconhecer que o Tarso Genro foi coerente. Foi lá e disse: “Cortem, porque a Justiça mandou”. Na construção da 3ª Perimetral, como eu já disse muitas vezes, eles não ouviram nem os búzios, saíram fazendo sem consultar ninguém. Os apartes me ajudaram muito aqui, neste período de Comunicações, que foi gentilmente cedido pela Ver.ª Lourdes Sprenger, a quem eu agradeço. E quero dizer que Porto Alegre vai continuar a desenvolver e a criar facilidades para os seus cidadãos.

Muito obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): O Ver. Clàudio Janta está com a palavra para uma Comunicação de Líder, pelo Governo.

 

O SR. CLÀUDIO JANTA: Sr. Presidente, Vereadoras, Vereadores, público que nos assiste pela TVCâmara e nas galerias, preocupa-me muito a questão da PROCEMPA, nossa empresa pública de processamento de dados. E volto a esta tribuna para dizer que as denúncias que existem contra ela foram levantadas pelo Prefeito de Porto Alegre. Ele instaurou uma sindicância dentro da PROCEMPA, e, por isso, as denúncias vieram à imprensa. Esta semana, o Prefeito virá a público dizer o que essa sindicância levantou, o que essa sindicância constatou. E, com certeza, punirá os que tiverem que ser punidos.

Agora, nós temos que proteger essa Empresa, não podemos deixar que qualquer pessoa pense que isso permita que a PROCEMPA seja vendida, que se diga que a PROCEMPA não faz o seu papel. Pelo contrário; o Ver. Mauro Pinheiro enalteceu um período da PROCEMPA, e eu quero dizer que a PROCEMPA continua avançando. Não foi só o que o Ver. Mauro Pinheiro falou aqui. A PROCEMPA está fazendo – e grande parte já está pronta – do cercamento eletrônico em Porto Alegre; a PROCEMPA está desenvolvendo e implementará, ainda este ano, a nota fiscal eletrônica; a PROCEMPA montou e entregou, para a cidade de Porto Alegre, o Centro Integrado de Comando; a PROCEMPA fez o videomonitoramento. A PROCEMPA, há três anos, faz toda a informatização do Carnaval com fibra ótica, levando imagens, dando sustentação a todo público que frequenta o Carnaval, os barracões, disponibilizando rede gratuita à população. A PROCEMPA disponibiliza a rede Wi-Fi em todas as praças e parques de Porto Alegre; a PROCEMPA está fornecendo as licenças ambientais da SMAM; colocou 33 câmeras no Mercado Público de Porto Alegre e demais câmeras espalhadas pela Cidade. E há um projeto de extrema necessidade, um salva-vidas para o futuro da nossa Cidade, que é o Telegenética, que permite que o exame pré-natal seja todo acompanhado através da Internet. Isso é o que a nossa Empresa Pública de Processamento de Dados, Ver. Mauro Pinheiro, vem desenvolvendo na cidade de Porto Alegre. Desse patrimônio nós não podemos abrir mão em hipótese nenhuma!

E esta semana, com certeza, o Prefeito José Fortunati virá a público tomar as providências necessárias para sanar as irregularidades que há na PROCEMPA, muitas delas em função de acordos malfeitos, muitas delas em função de interpretações judiciais que, muitas vezes, engessam a Administração pública. Mas não podemos permitir, em hipótese nenhuma, que essa empresa, que é um patrimônio da cidade de Porto Alegre, que vem prestando serviços importantíssimos para a população de Porto Alegre, que faz a Prefeitura poupar mais de R$ 9 milhões ao ano, disponibilizando telefone para toda a rede pública de Porto Alegre e que pode desenvolver a telefonia celular para a cidade de Porto Alegre, trazendo grande avanço tecnológico para a nossa Cidade; ela não pode, em hipótese nenhuma, sofrer o ataque da empresa. As questões que a PROCEMPA tem, com certeza, o Prefeito, que pediu essa auditoria nesta semana, irá resolver, irá sanar, irá punir quem tiver que ser punido; agora, a empresa pública tem que ser preservada, a PROCEMPA tem que ser fortalecida, ela tem que sair mais fortalecida ainda deste episódio, e cabe a esta Casa fazer esse papel, aguardar essa sindicância que o Prefeito fez. E, nesta semana, com certeza, esta Casa terá as informações necessárias para saber o que está sendo feito na PROCEMPA para melhorar a Companhia de Processamento de Dados deste Município. Com força e fé, vamos ter uma empresa de processamento de dados pública, de ponta, e do povo de Porto Alegre. (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): A Ver.ª Fernanda Melchionna está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: Sr. Presidente, Vereadoras e Vereadores, quero agradecer ao Ver. Pedro Ruas, nosso Líder, a cedência do tempo e, ao mesmo tempo, cumprimentar os jovens que acompanham a Sessão na tarde de hoje. Sejam bem-vindos a esta Câmara.

Estou muito preocupada com a situação grave que vivenciamos no Município de Porto Alegre, e fico mais preocupada ainda ao ver que as violações bárbaras de direitos humanos e de processos judiciais que ocorreram na madrugada do dia 29 de maio, não são repercutidas nesta Câmara, diante de uma situação absolutamente grave. Ver. Kopittke, sequer a ditadura fechou a entrada para o Parlamento Municipal. Não consta, não há registro histórico de que, durante o período militar, durante a ditadura – Governo que violou, que torturou, que assassinou, que aposentou, que fez horrores com a cidadania e que foi derrubada pela mobilização dos estudantes e dos trabalhadores, que buscavam conquistar uma democracia que, hoje, está muito incipiente no Brasil –, ao menos eu não tenho notícias de que o acesso a esse Parlamento tenha ficado fechado. E ficaram fechadas, no dia 29 de maio, todas as vias de acesso à Câmara Municipal para cortar árvores que estavam, há décadas, numa área que é patrimônio histórico e cultural da cidade de Porto Alegre. Fizeram uma ação durante a madrugada, ferindo o processo judicial que faz que qualquer ação judicial seja das 6 h às 22 h, para evitar violações dos direitos humanos, para que seja transparente, para que as ações sejam públicas. Isso não foi feito; aliás, não foram cumpridas as 48 horas da notificação dos jovens que acampavam aqui do lado, não foram garantidas, foram notificados na quarta, sendo que, na quarta de madrugada, eles foram desalojados com 200 policiais, como se fossem bandidos e, na verdade, eram jovens tentando preservar a natureza.

E o pior disso tudo é que vivemos num Estado e num Município marcado pela corrupção na área do meio ambiente, ou, afinal, foram jovens que foram presos por vender licenças, ou foram Secretários de Estado e Secretários de Municípios? Foram os Secretários que ficaram no Presídio Central, por mais de cinco dias, por causa de uma farra, vendendo árvores, vendendo natureza, licenciando aquilo que eles deveriam proteger, e ficaram, cinco dias, no Presídio Central: Secretários, consultores e empresários desonestos. Estão soltos, mas o processo segue, as testemunhas estão sendo ouvidas. E nós queremos saber quais foram as licenças compradas pela corrupção, porque os danos ambientais são irreparáveis e não são para nós, são para vocês, são para os filhos de vocês, porque a natureza é uma só, e o oxigênio e equilíbrio necessários para que as próximas gerações tenham qualidade de vida estão sendo devastados por uma lógica irracional de destruição a qualquer preço. Na verdade, a cidadania não é meia dúzia de empreiteiras que estão fazendo a farra com as obras da Copa; a cidadania são aqueles que se organizam e lutam por seus direitos, e essa cidadania foi violada, foi autoritariamente violada. O que nós vimos na cidade de Porto Alegre, na noite do dia 29 de maio, na madrugada, foi um escândalo, uma violação completa aos direitos humanos! Eu sei que há vários aqui que têm saudade da ditadura e por isso elogiam esse tipo de ação aqui nesta tribuna. Mas é inaceitável que qualquer pessoa, com um mínimo de princípios democráticos, aceite esta violação: ordens de madrugada, prisão de jovens que lutam pelo meio ambiente, sem processo judicial, sem cumprir o prazo das notificações, justamente em um Estado marcado pela corrupção na política ambiental. E nós não vamos nos calar diante dessa bandalheira, nós não vamos nos calar diante do autoritarismo, nós não vamos nos calar diante de práticas que foram derrotadas pela história, porque a juventude e os trabalhadores derrotaram a ditadura militar; nós não vamos silenciar diante de graves violações aos direitos humanos cometidas pela Prefeitura em combinação com o Governo do Estado. Nós achamos que é fundamental que esse registro seja feito, porque existem obras, como a da Vila Tronco, onde querem derrubar mais de 1.400 árvores, e nós estaremos acompanhando todo esse processo de mobilização, requerendo o licenciamento, mas, sobretudo, exigindo que o Brasil deixe de ser uma vergonha. Que a cadeia seja para corruptos e desonestos e não para jovens que lutam em defesa da natureza! (Palmas.)

 

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): O Ver. Valter Nagelstein está com a palavra em Tempo Especial.

 

O SR. VALTER NAGELSTEIN: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores, jovens que nos acompanham aqui no plenário, cidadãos que nos acompanham pela TVCâmara. Como é sabido pelos ilustres colegas, nós estivemos em missão representando este Legislativo; este Vereador, na condição de Presidente da Comissão de Economia e Finanças; o Ver. João Carlos Nedel, representando a Mesa; o Ver. Idenir Cecchim, representando a base; e o Ver. Alberto Kopittke, a oposição. Quatro Vereadores em uma representação plural, representando diversos matizes que compõem a nossa sociedade em uma missão governamental com que, na verdade, nós nos somamos. A própria missão do Governo se soma a um esforço que está sendo feito, hoje, de nos aproximarmos daquilo que existe de mais moderno no mundo, em termos de desenvolvimento econômico sustentável e de respeito à pluralidade e à diversidade. E foi exatamente isso que nós pudemos testemunhar na cidade de São Francisco, no Estado da Califórnia, no berço do Silicon Valley, que é o Vale do Silício.

Eu faço um pequeno Relatório que eu gostaria de compartilhar com os colegas e com aqueles que nos acompanham. Da experiência de São Francisco, em especial do Silicon Valley, pudemos aprender, e espero poder compartilhar sobre a importância de se criar uma cultura de empreendedorismo e inovação agregada a uma forte base educacional, em que se estimula a tolerância, a criatividade, somadas a um serviço público que respeita o cidadão e em que os impostos não são escorchantes. Assim, a sociedade enxerga que o que paga retorna em forma de infraestrutura, respeito e serviços.

Nos Estados Unidos, também há um sistema legal que cumpre, com celeridade, o seu papel de dar segurança jurídica à sociedade. Assim, as peças se encaixam e fazem um País próspero e desenvolvido. Lá, por exemplo, existe, Ver. Marcelo Sgarbossa, forte tendência de ciclismo, também alimentos orgânicos, questões ambientais. São Francisco é uma Cidade que nós podemos considerar como de esquerda no contexto americano, é uma Cidade onde mais de 80% dos votos foram para o Presidente Barack Obama.

Questões como a discriminalização da maconha, por exemplo, estão presentes na Ordem do Dia, de São Francisco e do Estado da Califórnia. Hoje, há uma experiência que me chamou, particularmente, a atenção sobre os supermercados orgânicos, pequenos mercados onde as pessoas encontram só produtos orgânicos.

Mas, atenção, lá a esquerda não é da mesma matriz ideológica que nós temos aqui, não é uma esquerda de cunho marxista, é uma esquerda que acredita que é capaz de transformar o sistema capitalista por dentro, apontando os seus defeitos, apontando os seus problemas e construindo soluções alternativas, não na base do paradigma do conflito, mas na base de um novo paradigma, de uma nova transformação. Lá é possível ver que se pode construir exatamente esse novo modelo, nos marcos da liberdade econômica e nesses marcos fazer a verdadeira justiça social. Cito o exemplo da Universidade de Stanford, que é uma das principais Universidades americanas e que, a cada olimpíada, faz os seus alunos trazerem muitas medalhas para os Estados Unidos.

A Califórnia saiu do século passado, do Ciclo do Ouro, ou seja, de uma economia baseada em commodities e se projetou na era do conhecimento. Desse modelo, especialmente o de hoje, lá, nasceu o Facebook, o Google, o Twitter, o Linkedin, o PayPal e tantas outras iniciativas que nasceram pequenas, em pequenas incubadoras, às vezes, de 2 metros por 2 metros, e hoje são essas gigantes do mundo da informação. Eu mesmo, aqui, leio este Relatório a partir de uma página social que foi criada lá. Nós tivemos a oportunidade de visitar a empresa Google.

Sr. Presidente, só para eu concluir, na cidade da empresa Google, as bicicletas estão à disposição, ela fica em um bairro afastado da cidade, que é ligado por uma via rápida, expressa, com quatro pistas. Cada pessoa que trabalha, ou mesmo que vai visitar a empresa, pode pegar uma bicicleta e ir pedalando até outro prédio e ali a deixar; as bicicletas são soltas, ninguém se preocupa com depredação e nem com roubo, estimulando-se, exatamente, Ver. Marcelo – são bicicletas coloridas, bonitas –, a cultura da sustentabilidade, da inovação e do respeito com aquilo que é coletivo.

A Coreia do Sul, por exemplo, já seguiu esse caminho, aproxima-se, cada vez mais, dos Estados Unidos. Eu lembro que, na semana que passou, esteve conosco aqui, o Vice-Presidente dos Estados Unidos da América, dizendo que não há País mais importante, no contexto americano, hoje, para os Estados Unidos, do que o Brasil. Nós precisamos aproveitar isso para o futuro da gurizada que está aí, para o futuro das novas gerações. Precisamos aproveitar e estabelecer uma parceria estratégica que implique em educação, que implique em cultura, que implique em respeito. Como eu disse, Sr. Presidente, a Coreia do Sul já seguiu esse caminho e aproxima-se, cada vez mais, dos Estados Unidos.

Fizemos uma foto da Prefeitura Municipal, a qual encaminharei no Relatório. E a sede da Prefeitura da Cidade, pasmem, senhoras e senhores, é quatro vezes o tamanho da sede do Palácio Piratini de Porto Alegre. Lá há bondes a cabo, bondes elétricos, trólebus – que existiam aqui em Porto Alegre, Prefeito Villela, até a década de 70 –, metrô, trem de superfície, transporte hidroviário, todos os modais integrados. Fomos recebidos em um Estado, e numa Cidade especialmente, em que tem uma cultura muito diversificada, em que há a maior imigração chinesa estabelecida no início do século XX, tanto que o Prefeito é chinês de ascendência; e americano, obviamente, Edwin Lee – recebeu-nos na Prefeitura –, cuja família já está na segunda, terceira geração nos Estados Unidos da América.

Todas as paradas de ônibus tem um painel eletrônico, Sr. Presidente, informando de quantos em quantos minutos os ônibus estão chegando: linha tal, daqui a cinco minutos estará na parada. Há banheiros públicos pagos nas ruas, quer dizer, algo que nós perseguimos há bastante tempo aqui e já está estabelecido lá.

Então, é uma experiência, Sr. Presidente, que nós temos que seguir. Eu tenho certeza de que não só eu, como os demais Vereadores, estamos produzindo um relatório com fotografias, com imagens. Nós também vamos trazer a proposição do Ver. Alberto Kopittke, de criar uma Frente Parlamentar da Inovação; nós também temos uma proposição de levar adiante, no âmbito da CEFOR, uma série de discussões. O Coordenador do grupo de empresários e empreendedores do CIT já está convidado para vir à CEFOR, no próximo dia 6 de julho, para fazer uma fala conosco a respeito dessas iniciativas. Eu acho que temos muito a aprender, Sr. Presidente. Temos que trazer de lá, e especialmente o que trazemos no alforje, a humildade de poder olhar para um exemplo e para uma nação que conseguiu, em 200 anos, construir um modelo, o de o país mais desenvolvido da América, Ver. Tarciso Fecha Negra, onde a universidade, por exemplo, estimula o esporte e concede bolsas de estudo àqueles jovens que se destacam em atividades esportivas, e é por isso que são campeões olímpicos em diversas modalidades. Então, há tanto e tanto para aprender, que nós conseguimos absorver apenas uma pequena fração dessa possibilidade de aprendermos e recolhermos esses ensinamentos. Eu acho que o que fica é o grande desafio de fazermos esse material, distribuirmos aos Srs. Vereadores e às Sras. Vereadores e, aos poucos, irmos digerindo, juntos, essas iniciativas para ver como é que nós podemos fazer de Porto Alegre um portão de entrada desses interesses e dessas iniciativas no Brasil e na América do Sul, e como nós podemos criar, a partir disso, fazendo com que Porto Alegre seja a Capital brasileira da inovação e da alta tecnologia, consolidando-a como tal. Eu quero dizer, Sr. Presidente, que foi muito proveitosa a viagem. Eu quero agradecer muito a V. Exa. e aos demais Pares esta oportunidade, com esse compromisso de poder compartilhar. Por último, só deixo um pleito: nós precisamos revisar, sim, a questão também das diárias dos Srs. Vereadores, porque, infelizmente – talvez seja uma questão menor, mas é importante –, a ajuda de custo não é suficiente para custear hospedagem e alimentação, quando nós estamos lá imbuídos e revestidos de um interesse público e de uma função pública. Então, por tudo isso, Sr. Presidente, eu agradeço muito a atenção, e agradeço especialmente a oportunidade de poder ter feito essa representação. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): Quero agradecer muito a presença do pessoal do ProJovem; são 20 alunos, entre 14 e 17 anos, acompanhados pela Professora Jomara Duarte. Essa atividade faz parte do Projeto de Educação Política que a Seção de Memorial desenvolve com as escolas de Porto Alegre. Vocês são muito bem-vindos. Quero dizer, Ver. Valter, que eu tenho muito respeito com essas incursões. Eu sou a prova viva de que uma viagem ou algumas viagens, com intercâmbio, podem mudar a vida das pessoas. E, na minha situação, a relação que acabei tendo, a partir do caratê, a partir desse esporte, com uma cultura diferenciada como a japonesa, que realmente mudou a minha vida e me fez abrir os horizontes, e muito, naqueles anos de 1994 a 1996, em que eu tive a oportunidade, por intermédio da ACM, de fazer esse intercâmbio.

O Ver. Alberto Kopittke está com a palavra em Tempo Especial.

 

O SR. ALBERTO KOPITTKE: Muito boa-tarde a todos os Colegas aqui presentes; nosso Presidente Dr. Thiago; aos alunos do ProJovem, que estão aqui na Casa; boa-tarde a todos, parabéns pelo curso, vamos com muita força até o fim e encarar os próximos desafios que vêm pela frente. Quero vê-los logo na lista dos aprovados do ENEM, entrando pelo ProUni na Universidade e seguindo a vida! Colegas, eu trago aqui, de maneira bastante breve e resumida, também o meu relato dessa missão que tive a oportunidade de fazer com os colegas Ver. Valter, Ver. Cecchim, Ver. Nedel; com os membros da Prefeitura, o Prefeito Fortunati; inúmeros empresários; as Universidades, PUC, Tecnopuc, Tecnosinos, e a UFRGS com sua representação. E, só para explicar aos Colegas que não tiveram a oportunidade de acompanhar, essa missão é iniciativa de um grupo de empresários e empreendedores aqui da Cidade que vêm se reunindo, e são eles da área de tecnologia, da área de nova economia, e da economia criativa. Eu cito aqui três nomes, mas sem, obviamente, diminuir os demais membros desse grupo: José Cesar Martins, que esteve lá por dois meses organizando a missão; o Alfredo Fedrizzi e o Sérgio Pretto, que, infelizmente, é uma figura pouco conhecida, mas é o criador do Nutecnet, que hoje é o Terra, a experiência mais exitosa da Internet no Brasil, criada por um porto-alegrense, e que, infelizmente, pouco conhecemos; ele é reconhecido no mundo inteiro por um dos melhores cases da área de Internet. Eu vou, de maneira bastante breve, fazer o relato, porque eu procurei resumir os principais pontos. Uma delegação de Porto Alegre, organizada por um grupo de empreendedores, visitou nos últimos dias a capital mundial da tecnologia, a cidade de São Francisco, movido por uma grande questão: como fazer para que Porto Alegre se torne uma cidade protagonista na economia e na cultura do Século XXI. Não é meramente na capacidade de manufaturar o silício ou programar computadores que São Francisco tem muito a inspirar Porto Alegre. Na cidade berço da contracultura nos anos 50, do movimento hippie nos anos 60, do movimento GLBT nos 70 e 80, do Movimento Massa Crítica, nos anos 90, o sentimento de protesto e liberdade se combinou com o conhecimento científico e o empreendedorismo, produzindo ambiente de inovação e criatividade. Seus habitantes descobriram que a sua maior riqueza está na própria capacidade de somar conhecimentos diferentes. Universidades, Poder Público, empresas privadas e movimentos sociais passaram a realizar trocas, sem que nenhum perdesse os seus objetivos e características, num ambiente em que a cultura de colaboração se tornou a essência do próprio modelo produtivo, sendo os jovens o seu motor de propulsão. O que é mais fantástico naquela cidade é que ela é toda voltada para os mais jovens, porque pode surgir, da cabeça de qualquer jovem estudante, a próxima revolução que vai mudar os mundo dos jovens em todo o Planeta. As grandes corporações privadas e os empresários bem-sucedidos, por sua vez, convivem cotidianamente com jovens, compartilhando os seus conhecimentos, estimulando a criatividade e o surgimento de novos atores e sabendo que o monopólio é a origem da falta de qualquer inovação. A gestão pública, por sua vez, também se conectou a esse ambiente, sendo até mesmo protagonista no uso de ideias inovadoras. As instituições públicas e a burocracia têm uma postura aberta, disposta a reconhecer seus próprios erros, buscando manter-se à altura dos anseios dessa sociedade dinâmica.

Já finalizando, Presidente, na mesma cidade que gestou a revolução da informação, os velhos bondinhos e ônibus elétricos não foram tirados das ruas, fazem parte da identidade da cidade, pois o passado serve de combustível e inspiração, mas jamais de amarra para navegar em direção ao futuro. E aqui eu faço uma observação que, por exemplo, no terremoto de 1994, toda uma grande freeway desabou, e a cidade decidiu não reconstruir aquela freeway, mas aprofundar o investimento no transporte público, uma cidade que é a metade da área de Porto Alegre, tem dentro dela sete modais de transporte público, desde o bondinho, que já tem 160 anos, até trem de alta velocidade dentro da cidade, tudo alimentando uma única rede, e assim eles foram por um outro caminho no campo da mobilidade. E os problemas sociais são vistos como desafios a serem superados, não como desculpas para o comodismo ou a descrença.

Porto Alegre é a segunda cidade mais criativa do País, reúne os elementos fundamentais para um salto qualitativo na nova economia, porém grandes desafios precisam ser superados, em especial a criação de um ambiente de diálogo.

E aqui, infelizmente, o meu colega Valter optou em ideologizar o seu relato e eu tenho que lhe contrapor: pelo que eu ouvi das pessoas que conheciam Porto Alegre, a conheciam pelo Fórum Social Mundial e pelo Orçamento Participativo, inclusive esse foi o tema da palestra do Prefeito Fortunati. Se nós, realmente, quisermos avançar na inovação – e digo isso para o meu colega Valter –, os dois lados têm que estar dispostos a um novo ambiente de diálogo e abrir as ideias. Não dá para achar boa ideia apenas a inovação que a esquerda – os liberais – produz nos Estados Unidos; tem que achar o que se propõe aqui de inovação, de ruptura de paradigmas, também aceitar esse desafio e se abrir. Esse é o grande desafio que acho que essa missão traz: um poder público inovador voltado para os jovens da cidade em um ambiente educacional extremamente estimulante para os jovens e voltado para o futuro, não olhando o seu passado. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): O Ver. Mario Fraga está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. MARIO FRAGA: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores, público que nos assiste nas galerias e pela TVCâmara, mais uma vez estamos aqui para falar em liderança pela Bancada do PDT, na forma de rodízio, estabelecida pela nossa Bancada e pelo nosso Líder Márcio Bins Ely. Hoje, eu teria dois assuntos para tratar do interesse de uma comunidade, mas quero falar sobre a PROCEMPA. Hoje, estivemos aqui com o Vice-Prefeito, Sebastião Melo, que nos trouxe um relato da situação que está a PROCEMPA, e que nos disse que terá o seu fim na próxima sexta-feira, no máximo. Está sendo elaborado um relatório, que foi solicitado pelo Prefeito Fortunati, que sairá, no máximo, até sexta-feira, e o Prefeito ou tomará as medidas cabíveis ou aceitará o relatório apresentado pelos Procuradores designados pela Prefeitura Municipal de Porto Alegre.

Sobre as medidas judiciais que a Ver.ª Sofia e o Ver. Idenir Cecchim falaram, às vezes são a favor e, às vezes, contra, Ver.ª Luiza Neves. Assim foi com os pedágios, Ver.ª Mônica. No caso dos pedágios, a Justiça deu ganho de causa para o Governo, e todo o mundo ficou contente com a decisão da juíza do Tribunal Regional Federal que deu ganho de causa, nesse momento, ao Governo, tirando as cancelas. Não queria falar sobre esse assunto, mas fui obrigado a falar, porque as pessoas acham que não vai ter mais pedágio, Ver. Clàudio Janta, mas, a partir de quarta-feira, o pedágio estará lá em Lajeado, Flores da Cunha, Caxias do Sul. Terá pedágio, sim. É R$ 5,20, Ver. Paulo Brum, mas é pedágio. Eles fizeram um circo no fim de semana, e parece que não tem mais pedágio nessas estradas. Este é o relato que faço sobre a nossa Cidade.

Quanto ao nosso bairro, quanto à nossa comunidade, Ver. Dr. Thiago, V. Exa., que passa lá quase que diariamente, estivemos na nossa Av. Juca Batista e na Rua Cecílio Monza, junto com o Secretário Mauro Zacher, na última terça-feira, Ver. Brasinha, que, com a sua gentileza e a sua equipe, esteve lá. Para a nossa felicidade, o dia estava muito bom, muito bonito. Se fosse na sexta-feira, depois daquela quarta-feira de chuvas em Porto Alegre, ele veria que os serviços que ele vai tentar realizar, porque não está no Orçamento – é uma obra na Juca Batista e na Cecílio Monza – estão necessitando de atenção mais que urgente.

Na terça-feira, os técnicos disseram que iriam fazer o possível para, até o final do ano, fazer o recapeamento asfáltico da Av. Juca Batista e da Rua Cecílio Monza. Naquele momento, eu e uma parte da comunidade que os acompanhávamos, aceitamos, mas, agora, venho fazer um apelo veemente ao Secretário, e vou tentar passar o assunto para ele por e-mail, porque, depois da chuva, a rua ficou quase intransitável. Estou falando do trecho da Av. Juca Batista, que começa na Sociedade Hípica e vai até a entrada de Belém Novo, depois do condomínio de alto luxo Terra Ville. Então, quem está passando lá, que saibam que este Vereador e outros Vereadores também, conseguimos levar o Secretário Mauro Zacher para solicitar aquele serviço.

Também estivemos na Rua Florêncio Farias, que está com uma obra atrasada do OP, e o Secretário ficou de fazer um estudo. É uma demanda de 2010, que está no OP, a Rua Florêncio Farias, onde está localizado o Posto de Saúde, que está precisando desse asfalto.

Por último, quero agradecer à Ver.ª Sofia Cavedon que conseguiu marcar uma audiência com o Secretário de Educação do Estado, Sr. José Clóvis de Azevedo, para a próxima sexta-feira para tratarmos do assunto da Escola Estadual de Ensino Fundamental Tancredo Neves, que está quase fechando. Na última semana, foi feito, pelos pais e professores, um movimento para que um pedaço da escola não fosse mais utilizado para aulas. Então, na próxima sexta, a Ver.ª Sofia Cavedon e eu, junto com a Direção, junto com a Associação de Pais e Mestres da Escola Tancredo Neves, do Jardim Urubatan, estaremos com o Secretário de Educação do Estado do Rio Grande do Sul tratando desse tema. Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): O Ver. Alceu Brasinha está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. ALCEU BRASINHA: Sr. Presidente, Ver. Dr. Thiago; Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras, eu quero fazer um elogio ao bom trabalho que esta gestão vem prestando. O Ver. Paulo Brum e a Ver.ª Luiza Neves sabem o quanto o Prefeito tem buscado alternativas para trabalhar pela comunidade, pela Cidade, juntamente com o nosso Vice-Prefeito, Sebastião Melo. O Sebastião Melo é incansável: é ex-Vereador, é Prefeito, é Secretário. Ele tem uma extraordinária competência para gerir os problemas da Cidade, Ver. Idenir Cecchim, e é do Partido de V. Exa. É motivo de orgulho para nós termos o Sebastião Melo como Vice-Prefeito, pois sempre está preocupado e lutando pela Cidade. Ele trabalhou muito como Vereador, como Presidente desta Casa. Sempre falo muito do Prefeito Fortunati e gosto do modo do Prefeito Fortunati governar, os gestos que ele faz, Ver. Mario Fraga, a comunidade, a população tem o maior carinho pelo Prefeito Fortunati. Quando o Fortunati vai a algum lugar público, é quase impossível o Prefeito almoçar, de tanta gente que chega até o Prefeito dando parabéns pela Cidade que está um verdadeiro canteiro de obras.

Quero agradecer ao meu líder, Ver. Cassio Trogildo, ao Ver. Elizandro Sabino e ao meu querido amigo Ver. Paulo Brum, e dizer que eu sou um Vereador que reconheço as coisas boas quando são feitas pelo Governo, também no Estado. Ver. Alberto Kopittke, quero dizer que fiquei muito feliz com o Governador Tarso Genro por ter aberto as cancelas do pedágio da serra, pois é uma demonstração de que ele é contra o pedágio. Quero dizer ao Governador que as coisas boas que acontecem me deixam muito satisfeito, ele tem que mostrar mais, quem sabe, não deixar abrir outros pedágios, mostrar que o Governo não está contente com esse sistema de pedágio; a gente paga IPVA, e ainda tem de pagar pedágio; é um absurdo o que acontece! Quero dar meus parabéns ao Governador Tarso Genro por essa demonstração de grandeza, de um governador que não está nem aí, foi lá, mostrou e mandou abrir o pedágio. Eu concordo com o Governador: tem que acabar com todos os pedágios, não somente com aquele lá, tem que ir eliminando os pedágios, e o Governador sabe que tem de aplicar muito dinheiro nessas estradas federais e estaduais, senão daqui a pouco não vai dar nem para andar mais. Reconheço, Sr. Governador, que o senhor tem feito um belo trabalho.

Quero falar também das Secretarias: André Carús tem feito um belíssimo trabalho no DMLU, um trabalho, Ver. Mario Fraga, que tem de ser falado, lembrado aqui. O DMLU é sempre cobrado, mas pouca gente sabe sobre aquelas pessoas que vão e sujam o local fora do dia permitido, repetidas vezes. O André tem feito um intenso trabalho. O Secretário Humberto Goulart, da SMIC, um homem que está trabalhando muito pela Cidade e tem o cuidado de não fornecer Alvará de funcionamento quando não tem o Alvará de incêndio. O Secretário Goulart está atuando dentro da Lei, está de parabéns. E o nosso querido Diretor do DEMHAB, revelação do Prefeito Fortunati, Everton Braz, tem feito um belíssimo trabalho, tem dado retorno, tem andado nas comunidades carentes. Isso é importante, pois assim ele está por dentro do que está acontecendo na Cidade. É importante ter essa ligação com o Diretor. Porque o Secretário tem que nos atender. O cidadão nos cobra, a gente liga para o Secretário, cobra e dá retorno ao cidadão.

Então, o time do Prefeito Fortunati está realmente afinado para ganhar o campeonato. É quase o time do Grêmio dos anos 1980, que deu aula de futebol. Este é o time do Fortunati: um time afinado, dedicado à Cidade, com compromisso com as pessoas que precisam. É um time que não pensa em si mesmo, pensa no todo.

O Secretário da SMOV é o nosso colega, Mauro Zacher, e ele não mede esforços para ir ao local, ou seja, é um Secretário que participa das atividades.

Então, os Secretários estão afinadíssimos, é um time que veio para manter a Cidade bonita e estabilizada, sem problema nenhum.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): O Ver. Alberto Kopittke está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

O SR. ALBERTO KOPITTKE: Retomo à tribuna, agradecendo à Ver.ª Sofia, ao Ver. Marcelo Sgarbossa, ao Ver. Mauro e ao Ver. Comassetto, apenas para finalizar um assunto referente à viagem. Uma das maiores inovações que foi possível verificar lá é um tema chamado Dados Abertos, que vem bem a calhar com esse momento da nossa Cidade. A Cidade precisa abrir todas as suas informações, pois nada ajuda mais o gestor, a oposição, a cidadania, os empresários, os movimentos sociais do que a Prefeitura abrir todos os seus dados. Ou seja, os processos ambientais, os processos da SMOV, os processos da PROCEMPA, tudo isso à vista, transparente, na vitrine, Ver. Brasinha. Porque a cada semana um novo problema surge na Cidade, graças, segundo o Ver. Janta, à investigação própria do Prefeito. Mas eu também acabo me perguntando, e creio que os cidadãos da Cidade também se perguntam: de onde está surgindo tanto problema? Porque parece um bombardeio! E não é da oposição, Ver. Mônica; é da imprensa, o tempo inteiro pautando o Ministério Público.

A Ver.ª Sofia, cara colega, militante e ativista, não tem relação, inclusive, com mais da metade dessas pautas, mas elas estão surgindo. Por isso, este tema que nós vimos na viagem, de Dados Abertos: onde estão os ônibus da Cidade? Onde estão os lotações, os táxis, os processos? Quanto custam as taxas? Quanto tempo um processo fica parado? Esse é o grande tema de uma gestão que efetivamente quer inovar, que quer lutar pela transparência. Essa é uma sugestão e um tema que nós vamos trabalhar bastante aqui. E eu quero contar com o apoio dos colegas para iniciativas que acabam mexendo com o comodismo. Sempre que bate luz em alguma área que está há muito tempo sem luz, quietinha, isso incomoda, mas nós precisamos abrir as caixas-pretas da nossa Cidade!

Eu estive agora na frente da Prefeitura da nossa Capital, junto com o Prefeito de Canoas, no lançamento do Fórum de Autoridades Locais de Periferia, uma rede que congrega as prefeituras das maiores regiões metropolitanas do mundo, que será sediada por Canoas, com o apoio de Porto Alegre; mais de cem municípios de trinta países estarão debatendo a busca por soluções integradas, seja de mobilidade, sustentabilidade, segurança, saúde, educação. São soluções que têm que ser dadas pelas regiões.

Por fim, Ver. Brasinha, a sua fala aqui me estimulou a trazer os cumprimentos aos colegas do PDT, do PTB, do PSB e do PCdoB, pela vitória que conquistamos contra essa herança que o Governo Britto tinha deixado para o nosso Estado. O problema não era ter pedágio; o problema era qual interesse servia o pedágio! O próprio Tribunal de Contas e todas as revisões dos contratos demonstraram que a única coisa garantida naqueles contratos do tempo do Britto, em que o PMDB governava o nosso Estado, era o interesse privado dos consórcios que ali estavam. O interesse público sempre ficava para depois, sempre ficava num segundo plano. E muito cuidado com aqueles veículos de comunicação, que são patrocinados pelos consórcios e que, portanto, não são isentos.

Eles têm todo o direito de manifestar a sua opinião, mas têm que dizer que fazem parte ou recebem financiamento – patrocínio legitimo, correto –, que têm o seu compromisso com esse modelo; modelo esse que há 15 anos segurava o Rio Grande do Sul e que consumiu bilhões do povo gaúcho, que não viu esse dinheiro ser reinvestido nas estradas. Eu ouvi uma jornalista perguntando, referindo-se a uma estrada que em 15 anos não foi duplicada: “Agora vai duplicar?” E isso não é vitória só do PT, só do Governador Tarso; é de todos aqueles que, nesses 15 anos, se mantêm firmes, lutando pelo interesse do povo gaúcho. Nós conseguimos, juntos, criar um modelo que está servindo de referência para todo o País no campo da manutenção das estradas. Temos que crescer orientados pelo interesse público e não pelos interesses privados, como o...

 

(Som cortado automaticamente por limitação de tempo.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): O Ver. Idenir Cecchim está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. IDENIR CECCHIM: Sr. Presidente, Ver. Dr. Thiago; Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores, primeiro, quero dizer que o Ver. Alberto Kopittke é um bom parceiro de viagem, companheiro, prestativo, desenvolto no inglês, e que se preocupa com a Cidade, mas como ele agradeceu a algumas Bancadas, a alguns dos meus colegas de situação aqui, por uma suposta vitória do Governador Tarso Genro no tocante aos pedágios, eu quero dizer que, nos últimos 16 anos em que existem pedágios no Rio Grande do Sul, sete deles foram administrados pelo PT. Será que o PT não se dá conta disso? Durante sete anos, os pedágios foram administrados pelo PT, pelo Tarso, pelo Olívio, que diziam que o caminho era o Olívio. Mas era um caminho de mão única. Antes, eles cobravam o pedágio na ida e na volta, mas aí resolveram fazer uma sacanagem e cobravam as tarifas juntas, só em um sentido. Então, é essa a vitória que o Ver. Kopittke está se referindo? Eu acho que isso não é vitória.

Eu acho que os pedágios têm que ser revistos, pois ninguém gosta de pagar pedágio. Eu não gosto de pagar pedágio, Ver. Brasinha, mesmo nas estradas em que se pode andar a 120km/h, com exceção da freeway, onde dá para andar a 110km/h, 120Km/h, pois é uma estrada que tem condições. Então, lá, é um pedágio bem pago. Aliás, a freeway é uma estrada administrada pelo Governo Federal, então, o pior é fazer como o Lula fez, inaugurando a BR-101 oito vezes! A cada trecho de dois quilômetros, ele inaugurava a BR-101. E está inaugurando até agora porque falta fazer a parte principal, próximo à Laguna, onde há uma tranqueira de 30, 40, 50 quilômetros todos os finais de semana. E lá tinha e tem pedágio!

E aqui no Rio Grande do Sul essa pirotecnia de sair buscando a cancela lá no meio do mato para tirar foto. Isso foi um fiasco, porque esses pedágios vão voltar, gente; essa alegria vai durar pouco, pois só está trocando de mãos. Eles estão tirando os pedágios das empresas privadas e estão dando para os companheirinhos, para a Empresa Gaúcha de Rodovias! Com as outras estradas eu não acredito que ocorra isso porque eles não vão arrumar nada. Eles não fizeram nada até agora! O Governador disse que ia colocar um monte de asfalto, que tinha um monte de dinheiro, mas não fizeram um quilômetro de asfalto! Não inauguraram nada! Não conseguiram nem limpar os acostamentos das estradas estaduais! O Governador só se preocupou em desestabilizar o Beto Albuquerque, ao trancar o DAER. No DAER não se faz mais nada. É outra empresa para os companheirinhos dele, para cobrar pedágio, para dar emprego, para criar CC, para fazer pirotecnia. Mas ninguém é bobo, ninguém acreditou nisso, porque vão continuar cobrando pedágios.

Então, Ver. Kopittke, V. Exa. tem boas intenções, mas é uma pena que o seu Governo não tenha boas intenções. Ele fez toda essa fotografia pensando na eleição, Ver.ª Fernanda; a senhora, que é uma guerreira na cobrança de tarifas de ônibus e também de pedágios, tenho certeza de que vamos estar aqui, no ano que vem, falando da mesma coisa. O pedágio voltou! Aliás, ele nunca saiu, eles só deram um tempo para mudar de carteira; tira da carteira de um e põe na carteira do outro. É isso que o PT, no Governo do Estado, está fazendo. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): Nada mais havendo a tratar, dou por encerrada a Sessão. Um abraço a toda Porto Alegre e cidades da Região Metropolitana que nos veem, através da TVCâmara, em canal aberto.

 

(Encerra-se a Sessão às 15h59min.)

 

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